sábado, 14 de novembro de 2009

Proclamação da República




Proclamação da República

• Introdução: Em 1889, por um golpe Militar, o Estado Monárquico brasileiro sucumbiu ante o regime político republicano.

• O longo governo de D. Pedro II: O governo de D. Pedro II, de 1840 a 1889, foi o mais longo da história do Brasil independente. Durante cerca de 30 anos o imperador reinou numa situação de relativa estabilidade política, proporcionada principalmente pelo desenvolvimento econômico trazido pelas vendas de café no exterior.
• O Segundo Reinado pode ser dividido em 3 momentos:
* 1840 – 1850: é o da consolidação
* 1850 – 1870: de progresso material, mas, também um período de tensões e crise.
* 1870 – 1889 – é o declínio da Monarquia
• Se o nosso estudo é a Proclamação da Republica, este último período (1870 – 1889) de enfraquecimento da monarquia deverá merecer a nossa maior atenção. È o período em que a Monarquia perde suas bases de sustentação e as forças de oposição acabam por destruí-la.

• As transformações econômicas e sociais a partir de 1850:
• A expansão cafeeira e os seus efeitos
• O “Surto Industrial” e a Urbanização.

• A expansão das Idéias Republicanas:
• O Manifesto Republicano (1870): Foi uma nova proposta que visava à ordem política, “A República”. Somente por meio de um regime republicano o país atingiria o progresso pleno.
• Convenção de Itu (1873) – Partido Republicano Paulista (PRP)
• Três Movimentos Republicanos importantes:
1 - Movimento Republicano de São Paulo
2 - Movimento Republicano do Rio de Janeiro
3 - Movimento Republicano do Rio Grande do Sul
• Plataforma política: ênfase na questão servil, federalismo, eleições diretas, reformas dentro do exercito.

• Enfraquecimento da Monarquia:
Questão da abolição da escravatura:
- Lei Áurea não indeniza os donos de escravos que se voltam contra o Império.
Questão Religiosa:
- Bula “Syllabus”
- Conflitos entre Católicos e Maçons
- Prisão dos bispos de Belém e Olinda
- Igreja se volta contra o Império
Questão Militar:
- Ruptura do Exercito com o Império
- Império prestigiava politicamente a marinha

• A conspiração e o 15 de Novembro:
A crise entre os militares e o governo se agravou em 1889. Reuniões conspirativas de oficiais militares com republicanos civis passaram a acontecer com freqüência. Os líderes desse movimento, o militar Benjamin Constant e os civis Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva e Lopes Trovão, habilmente encontravam a saída para acelerar a queda do antigo regime. O plano era convencer o marechal Deodoro da Fonseca, amigo pessoal do imperador e uma figura respeitada no Exército, a chefiar o movimento pela queda do governo.
Na manhã do dia 15 de novembro de 1889, Deodoro da Fonseca marchou com as tropas para o Ministério da Guerra, onde se encontrava o primeiro – ministro do governo de D. Pedro, o Visconde de Ouro Preto. Sob pressão dos militares, o governo monárquico renunciou.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Estudo Errado

A música "Estudo Errado" do cantor e compositor Gabriel Contino, conhecido pelo seu nome artístico como Gabriel O Pensador traz uma reflexão sobre a educação brasileira. A música foi faixa do álbum Ainda É Só o Começo lançado em 1995.

Devemos superar esse ensino mecânico e linear que tornam as aulas chatas para os nossos alunos. A educação brasileira precisa de professores qualificados que tenham plena consciência do seu papel enquanto formador e educador e que prepare os seus alunos para terem respeito pelas diferenças, alunos pensantes com capacidades de contribuírem para o entendimento do mundo em que vivemos e também do mundo em que gostaríamos de viver.


Estudo Errado - Gabriel O Pensador

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.


domingo, 20 de setembro de 2009

21 de setembro: Dia da árvore



No Brasil, 21 de setembro é comemorado o dia da árvore que anuncia a chegada da primavera. A árvore representa o símbolo maior da natureza. Além de representar uma beleza particular, as árvores fornecem para o homem o ar que respiramos; frutas e outros tipos de alimentos; oferecem a madeira, o carvão, fornecem também remédios; matérias – primas para a fabricação de papel, etc. Ao derrubar uma árvore devemos ter em mente a importância do seu papel para o meio-ambiente e a necessidade de replantá-las. Vamos aproveitar essa semana para refletir sobre a conservação da natureza e preservação das nossas matas.

Curiosidade: Cada região no Brasil tem uma árvore típica como seu símbolo. Na região Norte a escolhida foi a castanheira, já na região nordeste foi a carnaúba, no centro-oeste, o ipê – amarelo, no Sudeste, o pau-brasil e na região Sul, o pinheiro-do-paraná.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

VELOCIADE MÁXIMA


VELOCIADE MÁXIMA

Para vencer na vida não é preciso deixar de viver

Você está cansado de saber que hoje em dia não basta ter conhecimento: é preciso ser rápido, Rápido na tomada de decisões, no trato da informação, na geração de novas idéias (e na sua transformação em novos centros de receita), no desenvolvimento da própria carreira. Tomou-se imprescindível pensar rápido, agir rápido, ter um computador supersônico. No mundo dos negócios, não existe um código nacional de trânsito que limite a velocidade dos executivos. Se houvesse, recomendaria: corra. Multa, só para os lentos.

Os devagar-quase-parando não se estressam para assumir um posto de comando. Sua motivação não está em conquistar prêmios ou um bônus mais polpudo. Não fazem hora extra e, se puderem escapar de uma reunião, tanto melhor. Estão em dia com seus batimentos cardíacos e seus níveis de colesterol. Dormem 8 horas por noite; não têm insônia. Passam os fins de semana na praia com o celular desligado. Encontram tempo para ver os filhos e os filmes em cartaz. Estão em casa na hora do Jornal Nacional. Profissionais de Neandertal.

Voltar à caverna, no entanto, está sendo considerado uma atitude moderna. Ao menos é o que prega há anos o sociólogo napolitano Domenico De Masi, que viaja pelo mundo dando palestras que enaltecem as virtudes do ócio criativo. De Masi acredita que trabalhar 10 horas por dia aniquila a criatividade e que todos deveriam cortar pela metade sua carga horária, aproveitando o resto do tempo para fazer qualquer coisa longe das tarefas cotidianas do escritório. Vale bungee jump, vale meditação, vale ouvir Beatles.

Há quem pense que essa desaceleração é zen-budista demais para quem tem metas concretas como comprar e vender ações na Bolsa de Nova York ou virar presidente de empresa antes dos 40 anos. Mas não há como negar que a inteligência e a cultura são, cada vez mais, os combustíveis que geram novos negócios e determinam a própria ascensão de um profissional. E nenhum dos fatores precisa do horário comercial para ser ativado. Podem estar em combustão durante um mergulho no mar, durante a leitura de um poema, durante uma cavalgada ecológica, talvez até durante o sexo. Durante é exagero. Depois do sexo.

O escritor português José Saramago certa vez escreveu: “Não ter pressa não é incompatível com não perder tempo”. O conceito de velocidade anda cada vez mais flexível. Para alguns, ser ligeiro significa ultrapassar os ponteiros do relógio, executar um projeto a cada minuto, agendar reuniões, ler apenas livros técnicos, só fazer contatos que sejam política ou economicamente rentáveis e sentir uma culpa tremenda nos coffee breaks, como se parar fosse sinônimo de regredir.

Já para o neo-Neandertal, que prefere Saramago a Philip Kotler, e Marguerite Duras a Tom Peters, manter um ritmo comedido pode realmente fazer o trabalho render mais. São pessoas que não têm pressa de subir pelo elevador, por exemplo. Preferem subir pela escada, exercitando as pernas e a imaginação, ou jogando conversa fora com um desconhecido. Não têm a pressa de apresentar pareceres e pontos de vista em 60 segundos. Ao contrário, dedicam seu tempo a escutar os pontos de vista alheios. Não têm a pressa de engolir um sanduíche em pé no escritório; reservam um tempo para fazer da gastronomia um hobby. Sem pressa, eles não pegam atalhos: procuram caminhos com paisagem e assim não sofrem com taquicardias e infartos. O estresse envelhece antes da hora. Inclusive as idéias.

O mundo se apresenta hoje como uma auto-estrada alemã, livre de radares patrulhando a velocidade, onde quem tem mais potência e tecnologia pisa mais fundo, sem olhar para os lados. Você há de concordar que é tenso. Tirando levemente o pé do acelerador, o coração acalma e os olhos percebem melhor o que há nas laterais da pista. Pode-se trocar de música, ajeitar o retrovisor, prestar atenção no que diz o companheiro de viagem. Ou parar e provar uma fruta na beira da estrada. Faz-se tudo correndo muito menos risco de sofrer acidentes e chegando ao destino do mesmo jeito.

Na moda, costuma-se dizer que “menos é mais”. Não é uma frase que se aplique literalmente ao mundo dos negócios. Mas sou obrigada a concordar tanto com De Masi quanto com Saramago: a velocidade máxima permitida para vencer é aquela que não nos deixa esquecer que, além da estrada, existe um troço chamado vida, sem a qual não faz o menor sentido chegar lá. (MEDEIROS, Martha. Exame, 15 dez. 1999).




Apesar de o texto ter sido publicado em 1999 o assunto é bem atual. Vivemos numa sociedade dos “sem tempo”: não temos tempo de conversar com os amigos, de corrigir o dever de casa dos filhos, não temos tempo de caminhar pela praçinha. Vivemos correndo de um lado para outro e não aproveitamos a vida. Esse texto da autora Martha Medeiros traz uma boa reflexão sobre a correria do dia a dia e como estamos deixando de viver em função dessa velocidade. Boa leitura!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Imagem do Dia: Clio a musa grega da história



Clio, a musa grega da história e da criatividade, está em um carro voador que representa o passagem do tempo e os eventos dos registros enquanto ocorrem. O carro descansa em um globo de mármore em que os sinais do zodíaco são cinzelados no relevo. Metaforicamente, Clio simboliza que o conhecimento é fruto da leitura e do estudo e, nas lendas gregas, a musa é referida como aquela que legou o alfabeto aos homens.